Reunião Mensal do Comitê de Investimentos - março de 2019

ATA N° 005/2019

Aos vinte e um dias do mês de março do ano de dois mil e dezenove, às dezessete horas e trinta minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura Municipal, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas: análise da rentabilidade do mês de fevereiro, avaliação da carteira de investimentos do FAPS no mês de fevereiro e o cenário macroeconômico. Para iniciar, o Gestor Adriano Kaufmann destacou a rentabilidade de cada fundo de investimento no segundo mês do ano. O fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP e o Fundo CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP RF LP obtiveram rentabilidade 0,51%. O Fundo CAIXA BRASIL IRF M TP rendeu 0,27%. Com relação aos fundos com benchmark em IRF M 1, os resultados foram de 0,45% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF e para o fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF. Com índice IDKA IPCA 2 A, tem-se o fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A RF LP, o qual obteve rentabilidade de 0,55%. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve ganhos de 0,39%. Já o fundo com parâmetro IBOVESPA, em Renda Variável, o CAIXA BRASIL CAPITAL PROTEGIDO BOLSA DE VALORES MULTI teve retorno de 0,20%. Com relação aos fundos de oportunidade, que são os que procuram pagar a meta atuarial teve-se o CAIXA BRASIL 2024 II com 0,75%; CAIXA BRASIL 2024 IV teve ganhos de 0,36% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com 0,45%. Em fevereiro foi aplicado mais R$ 500.000,00 no fundo CAIXA BRASIL IMA B 5 TP, sendo que ele teve rentabilidade de 0,52%. Após a explanação do Gestor, Keila Ferraz de Quadros destacou que foram obtidos R$ 184.462,31 de rentabilidade no mês, sendo uma rentabilidade média de 0,48%. Falou ainda que o IPCA de fevereiro sofreu uma variação de 0,43%, acumulando 3,89% nos últimos 12 meses. Afirmou que a perspectiva para os próximos meses está voltada ao Governo quanto à montagem de base e avanços quanto à reforma da Previdência, assim como qual será o grau de desidratação da proposta inicial. Isso poderá trazer muita volatilidade aos ativos e será o principal indicador de humor do mercado. Os fatores externos esperados em março estão em torno das questões entre EUA e China, Brexit e a possível declaração de emergência por Trump para ter acesso a recursos para construção do muro na fronteira com o México. Verônica Bressan destacou um fato do dia de hoje, o qual traz uma informação relacionada ao PIB. Segundo ela, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou, nesta quinta-feira (21), que as perspectivas para a economia americana continuam boas. Na quarta, o Fed anunciou uma previsão de crescimento de 2,1% em 2019, dois décimos a menos que nas estimativas de dezembro e aposta em 2,5% o crescimento do PIB americano. Washington e Pequim permanecem na luta para chegar a um acordo benéfico para ambos, mas ao que parece o desfecho desta disputa está longe de acabar, considerando que as autoridades americanas exigem mudanças profundas na política industrial chinesa. O Brasil recebeu apoio dos Estados Unidos para ingressar ao OCDE, mais conhecido como o “clube dos países ricos” que visa promover a cooperação e discussão de políticas públicas e econômicas entre seus membros. Segundo o secretário de Comércio Exterior Marcos Troyjo, os grandes fornecedores de liquidez no mundo se valem destes parâmetros em suas economias. Esse ingresso é algo que vai criar recursos capazes de fortalecer nossa infraestrutura, mas em contrapartida, o Brasil perde o tratamento especial junto a OMC, fator que está gerando divergência nas opiniões de diversos especialistas. O Banco Central manteve, pela oitava vez seguida, em 6,5% a taxa da SELIC, com perspectivas de redução para as próximas reuniões. Patrícia Mocelin relatou que com a entrada da nova equipe econômica montada pelo ministro Paulo Guedes, havia uma expectativa de uma sequência de quedas nos juros, elevando o valor de mercado das carteiras. Porém, no momento atual as atenções estão voltadas para o projeto da reforma da previdência, visando a sua aprovação, o que vem ocasionando certa cautela no mercado e também a manutenção dos juros. O mercado continua acreditando na aprovação das reformas econômicas e na adoção de um viés liberal na economia, viabilizando um cenário de novas quedas nas taxas de juros futuros. Ressaltou a entrada de novos aportes que foram destinados ao aumento da posição nos títulos públicos e elevaram substancialmente o patrimônio líquido do fundo. Gabriela Romio destacou os indicadores mais recentes do Relatório Focus de 18 de março. A projeção para o crescimento do PIB em 2019 é de 2,01%. Já a projeção para a produção industrial de 2019 está em 2,57%. O IPCA previsto para o ano é de 3,89%. Já a Selic deverá permanecer estável em 2019, em 6,50%. Relatou ainda que a meta atuarial acumulada no primeiro bimestre alcançou 2,22%. Também mencionou a aproximação do Presidente Jair Bolsonaro com Donald Trump na visita realizada nessa semana, visando negócios futuros que possam vir a trazer benefícios para o Brasil. Diante do bom andamento do mercado e que estão trazendo bons ganhos no mês de março nos fundos de investimentos, o comitê resolveu manter a atual composição da carteira. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 21 de março de 2019.