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Reunião Mensal do Comitê de Investimentos do mês de maio de 2019

O comitê de investimentos se reuniu no dia 14 de maio para deliberar as pautas de investimentos, analisando o cenário macroeconômico bem como os resultados obtidos em abril.

Abaixo a íntegra da ata.



ATA N° 008/2019


Aos catorze dias do mês de maio do ano de dois mil e dezenove, às dezessete horas e quinze minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas: a avaliação do cenário macroeconômico, a carteira de investimentos do FAPS no mês de abril, bem como análise de decisões a serem ou não tomadas. No cenário doméstico, tivemos alguns fatos que foram destacados pelos membros do comitê de investimentos. Verônica Bressan, ao usar a palavra relatou que no cenário econômico nacional, o plano que prevê concessões e privatizações do governo federal segue em ritmo acelerado cuja previsão é arrecadar R$ 1,6 trilhão com estas concessões nos próximos 30 anos, além disso, deve ser considerado o aumento do número de geração de empregos diretos, impactando positivamente na evolução da economia. Com o intuito de aplacar o déficit primário, o Governo Federal vem adotando medidas de contingenciamento, bloqueando recursos federais em diversas áreas. Este tipo de ação vem gerando opiniões divergentes tendo em vista que o maior corte aconteceu na pasta da Educação, na casa dos R$ 5,83 bilhões. Rogério Marinho, Secretário Especial da Previdência, afirmou que a demora na tramitação do processo da reforma da previdência está impactando diretamente na economia nacional, tornando-a sofrida e reprimida. Nos últimos dias, a contragosto da maioria dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, foi aprovada a transferência do COAF novamente para a pasta da Economia. Verônica destacou também a manutenção da SELIC EM 6,5% ao ano, o que já era esperado pelo mercado financeiro. De um modo geral, a perspectiva de melhora e crescimento da economia doméstica ainda gira em torno da reforma da previdência, sendo que esta aprovação representaria, nas palavras de Bolsonaro, “o primeiro passo para a liberdade econômica” e que outras alternativas, como a impressão de moeda e contrair empréstimos externos não são alternativas viáveis, já que implicariam diretamente na inflação. Keila Ferraz de Quadros ao se pronunciar deu ênfase à Reforma da Previdência, a qual poderá viabilizar investimentos, destacando as palavras do Secretário Especial da Previdência Rogério Marinho, o qual defendeu que, com a situação fiscal equilibrada será possível ao país investir em serviços públicos que atendem à população mais frágil. Ainda segundo Marinho, a população mais pobre do país será a mais beneficiada pela reforma previdenciária. Inclusive, Keila destacou uma frase do secretário em que diz: “A população brasileira que mais vai ganhar com a nossa higidez fiscal é a mais pobre, a mais frágil, a mais vulnerável”, palavras ditas ao discursar no 31º Fórum Nacional, realizado no Centro do Rio, que aconteceu em uma das sedes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O próprio Marinho já havia defendido que os mais pobres serão os mais beneficiados com a reforma da Previdência, alegando que 15% dos mais ricos acumulam 47% da renda previdenciária. Ainda sobre seu discurso no Fórum Nacional, Keila afirmou que Marinho usou como argumento, a oferta de serviços públicos. Segundo o secretário, devido à crise fiscal o Brasil “perdeu a capacidade de resolutividade, de atender as demandas dessa população”. A reforma previdenciária é apontada pelo governo como fator determinante para reequilibrar o quadro fiscal do país. “Quem precisa de saúde pública é porque não tem dinheiro para pagar plano de saúde. Quem precisa da escola pública é quem não pode pagar pelo ensino privado”, lembrou Marinho ao reforçar a necessidade de o país voltar a investir nos serviços básicos. Ele ressaltou, ainda, que a capacidade de financiamento do país diminui a cada ano “e poderá chegar a zero já em 2022 se nada for feito”. Renata Pasqualotto Rosetto também comentou sobre a Selic, que se manteve em 6,5% ao ano. O Banco Central, através do Copom, em reunião na quarta-feira (8), decidiu pela manutenção da taxa básica de juros pela nona vez consecutiva, que está em seu menor patamar desde março de 2018. Esta decisão mostra fragilidade em relação ao crescimento do PIB e ao alto nível de desemprego, que resultam em incertezas ao mercado nacional, internacional e a riscos associados a uma desaceleração da economia global. Os economistas e analistas do mercado financeiro já esperavam por esta decisão e ao justificá-la o Banco Central avaliou que “cautela, serenidade e perseverança nas decisões políticas monetárias são importantes em cenários voláteis”. Complementou dizendo que a economia brasileira deve ser observada ao longo do tempo e ficar livre dos efeitos derradeiros dos diversos choques a que foi submetida no ano passado, dando conta assim de um momento de retomada do processo de recuperação gradual da atividade econômica. Com isso, os investidores devem ficar atentos e precisam se empenhar pra encontrar fundos que obtenham bons retornos, já que a diversidade é tanta e os investimentos em renda fixa pagam menos, pois seu rendimento está atrelado a Selic. Já Gabriela Romio trouxe as expectativas do mercado, com dados do novo relatório Focus, o qual trouxe leves ajustes em suas projeções econômicas para este ano, com nova revisão para baixo na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), houve uma redução, passando de 1,95% no mês passado para uma previsão de 1,45% neste mês. A expectativa do IPCA está em 4,04% para este ano e 4% para o próximo ano, o indica que a meta atuarial superará 10% novamente. A taxa básica de juros Selic não sofreu alteração permanecendo em 6,5%. Considerando o relatório, o crescimento do PIB será 40% menor que o previsto no início de janeiro de 2,5%, quando o mercado ainda apresentava a euforia com o recém empossado governo. A economia brasileira continua em estado de perigosa anemia. Os dados sobre o desemprego divulgados no último dia 30 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são apenas mais um dos indicadores de que o primeiro trimestre foi de estagnação. E não há sinais de melhora neste início de segundo trimestre. Patricia Mocelin trouxe o cenário externo demonstrando os novos capítulos da disputa comercial entre EUA e China. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou de forma enfática a pressão sobre a China, para forçar um acordo comercial ao anunciar que irá deliberadamente aumentar as tarifas norte-americanas sobre produtos chineses. No Twitter Trump escreveu: “Por 10 meses, a China tem pago tarifas aos EUA de 25% sobre US$ 50 bilhões de alta tecnologia e 10% sobre US$ 200 bilhões de outras mercadorias”. “Os 10% vão para 25% na sexta-feira. US$ 325 bilhões de bens adicionais enviados para nós pela China continuam sem impostos, mas serão, em breve, a uma taxa de 25%”. Na China, os impulsos de crédito começaram a aparecer nos dados mensais de maneira mais clara. Além disso, a melhora no ISM da indústria, voltando a oscilar acima do patamar expansionista de 50, a forte reaceleração da produção industrial, afetando positivamente os lucros do setor, e a alta nos preços de moradias, com novos lançamentos, indicam que os estímulos dos últimos meses estão fazendo efeito. No entanto, ainda permanecem dúvidas sobre a real velocidade dessa melhora e mesmo sua duração, dado que o governo já sinalizou que não haverá novos estímulos no curto prazo. A perspectiva é de que os próximos meses possam responder essas dúvidas, de maneira que fique mais claro como os outros países serão afetados, na Ásia mas também na Europa, que tornou o comércio com a China uma importante fonte de dinâmica de exportação. Após toda essa explanação dos membros do Comitê de Investimentos, o Gestor de Recursos Adriano Kaufmann destacou a rentabilidade de cada fundo de investimento, as quais seguem a seguir: o fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP teve ganhos de 1,49%. Os fundos com benchmark em IRF M1, tiveram rentabilidade de 0,48% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF e 0,50% para CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve ganhos de 0,87%. O fundo CAIXA BRASIL IMA B5 TP RF, com benchmark IMA B 5 teve rentabilidade de 1,07%. O fundo CAIXA BRASIL IRF M TP RF com benchmark IRF M teve rentabilidade de 0,56%. O fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A TP RF LP, com benchmark IDKA IPCA 2A rendeu 1,07%. Já os fundos de oportunidades que são os fundos com carência obtiveram os seguintes resultados: CAIXA BRASIL 2024 II com 1,28%; CAIXA BRASIL 2024 IV com perda de 1,18% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com 1,14%. Já o fundo em renda variável CAIXA CAPITAL PROTEGIDO MULTI teve rentabilidade de 0,47%. O FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP teve a melhor rentabilidade do mês de 1,76%. A meta atuarial alcançada no FAPS até 30 de abril foi de 3,83%. O total de rendimentos alcançados em abril foi de R$ 379.146,82, com rentabilidade média de 0,97%. Porém, o IPCA + 6% foi de 1,06% em abril, ou seja, apesar do bom desempenho, o resultado de abril não superou a meta do mês. Adriano frisou que o principal componente de expectativa no cenário interno continua sendo a Reforma da Previdência. Ao avaliar os resultados, os presentes ressaltaram o bom desempenho no mês, o qual teve um incremento de praticamente 1% na meta do ano e optaram por não alterar a composição da carteira. Foi registrado ainda que será resgatado o valor de R$ 265.886,42 do Fundo BANRISUL FOCO IRF M 1 para o pagamento da 1ª parcela do 13º salário dos inativos a ser paga nesta semana. Tal resgate foi efetuado no Banrisul devido ao fato de que o fundo que daria para resgatar no Banco do Brasil, o BB PREVIDENCIÁRIO ALOCAÇÃO ATIVA levaria 3 dias para ficar disponível o valor do resgate. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 14 de maio de 2019.


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