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Reunião Mensal do Comitê de Investimentos do mês de julho


No último dia 16, o Comitê de Investimentos voltou a se reunir para avaliar o cenário macroeconômico e a carteira de investimentos do FAPS.

Abaixo a íntegra da reunião:


ATA N° 010/2019

Aos dezesseis dias do mês de julho do ano de dois mil e dezenove, às dezessete horas e quinze minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas: a avaliação do cenário macroeconômico, a carteira de investimentos do FAPS no mês de junho, bem como análise de decisões. No cenário doméstico, tivemos alguns fatos que foram destacados pelos membros do comitê de investimentos. Inicialmente Verônica Letícia Bressan trouxe informações dos indicadores econômicos. Segundo ela, o último boletim Focus realizado pelo Banco Central constatou pela 20ª semana consecutiva a redução no PIB para 2020, passando de 2,20% para 2,10%. Porém mantem-se a expectativa de 2,50% para 2021. A inflação, apurada pelo IPCA apresentou um pequeno aumento de 0,02%, chegando no total de 3,82%, permanecendo dentro da projeção pelo CMN. O Banco Central apurou ainda que a atividade econômica brasileira apresentou crescimento de 0,54% no mês de maio de 2019 em comparação ao mês de abril deste mesmo ano e ao ser comparado com o mês de maio de 2018 o aumento destas atividades representou 4,40%, considerando a greve dos caminhoneiros daquela ocasião, que prejudicou fortemente a economia nacional. A reforma da previdência, 5 meses após ter sido enviada para o Congresso Nacional, foi aprovada no primeiro turno pela Câmara dos Deputados, com ressalvas apresentadas para que se suavizasse as regras para homens, mulheres, policiais e professores. No entanto, a votação no segundo turno deverá ser retomada em 06 de agosto, em virtude do recesso parlamentar. A agilidade no processo de votação do primeiro turno se dá pelo fato de que houve uma mudança na articulação política por parte do Presidente da República, abrindo espaço orçamentário dos Deputados, construindo um clima de boa vontade na agilidade destas votações. Uma nova proposta de reforma, agora da reforma tributária, deverá ser encaminhada para o congresso e irá gerar o mesmo clima de incerteza político-econômica no país, principalmente pelo fato da proposta apresentar alteração da alíquota do Imposto de Renda, reduzindo-a tanto para Pessoa Física, quanto para Pessoa Jurídica. Ficamos assim, aguardando o andamento destas profundas alterações em nosso país e torcendo que estas mudanças continuem impactando de forma positiva nosso cenário econômico. Patrícia Mocelin destacou o acordo Mercosul e União Europeia. Segundo ela, o acordo para a área de livre comércio entre os países do Mercosul e da União Europeia, anunciado no último dia 28, poderá representar um aumento do PIB brasileiro de US$ 87,5 bilhões em 15 anos, podendo chegar a US$ 125 bilhões se consideradas as reduções das barreiras não-tarifárias e o incremento esperado na produtividade total dos fatores de produção. As projeções são do Ministério da Economia. Segundo a área econômica, o aumento de investimentos no Brasil, nesse mesmo período de 15 anos, será da ordem de US$ 113 bilhões por conta do acordo comercial. Com relação ao comércio bilateral, as exportações brasileiras para a UE apresentarão quase US$ 100 bilhões de ganhos até 2035. Esta negociação levou mais de 20 anos para ser concretizada, e marca o fim do isolamento do Mercosul. Keila Ferraz de Quadros destacou a Bolsa brasileira. Segundo ela, o principal índice da bolsa fechou no vermelho no dia seguinte à aprovação da reforma da Previdência em 1º turno na Câmara, quebrando uma rara sequência de 5 dias de alta. Para analistas do mercado, a ressaca já era esperada. Mesmo com uma perspectiva positiva para o longo prazo, uma combinação de fatores explica essa quebra de euforia das últimas semanas. O Ibovespa fechou em baixa de 0,63% na quinta-feira (11), aos 105.146 pontos, afundado principalmente por ações do setor bancário (Banco do Brasil, Itaú e Bradesco). Já o dólar cedeu 0,19%, a R$ 3,75 reais, acompanhando a baixa para a moeda no exterior. Foi a menor cotação desde 27 de fevereiro. Se as projeções de analistas e gestores de recursos se confirmarem, a Bolsa brasileira encerrará 2019 em um ciclo bastante virtuoso, atingindo patamares inéditos. Apesar da correção vista, o mercado vê um potencial de forte alta para os próximos meses e ao longo de 2020. Em relatório enviado ao Bank of America Merrill Lynch reforçou que projeta o Ibovespa a 120 mil pontos no final do ano. O banco destacou que a aprovação da reforma previdenciária ainda em 2019 poderá desencadear um re-rating do Ibovespa, enquanto o corte nos juros neste ano continuaria a transferir fluxo de recurso para ações. A equipe da XP vê potencial um pouco mais modesto, de 115 mil pontos até o final do ano e 140 mil até o final de 2020, pois existe incerteza ainda quanto ao calendário [do restante da reforma], mas os riscos estão sendo cada vez mais mitigados, e se vê este momento como transformacional para o país. O Bradesco BBI revisou o preço-alvo do índice de 116 mil para 122 mil pontos até o final do ano, um “upgrade” de 15% em relação ao nível atual prevendo a implementação de uma forte medida fiscal, com o prêmio de risco em 1 ano convergindo para a média histórica. Para Renata Pasqualotto Rosetto, o mercado, apostando no ciclo de quedas da SELIC com projeções a médio e longo prazo, o bom andamento da PEC 06/2019 no Congresso e a trégua entre EUA e China na guerra comercial têm marcado o intenso fechamento das curvas de juros no mês de junho. Fatores como estes influenciaram e muito nos índices de Renda Fixa que tiveram um desempenho positivo chegando a superar alguns resultados de maio, que haviam sido os melhores do ano em alguns deles. Eles podem ainda ser impactados no mês de julho, com fatores que possuem muita repercussão, como a Reforma da Previdência e alguns projetos que tramitam na Câmara e que podem refletir positivamente no mercado e a reunião do Copom que possivelmente contará com o início de mudanças na Selic. Já na Renda Variável, o Ibovespa registrou em junho uma alta de 4,06%, fechando em 100.967 pontos, maior nível histórico. As bolsas americanas também apresentaram resultados positivos e também atingiram níveis históricos no período. Já Gabriela Romio trouxe o cenário externo. Relatou que nos EUA o encontro entre Trump e Xi Jinping no G20 resultou um impacto positivo, porém a incerteza de um acordo definitivo gera dúvidas sobre potenciais novos anúncios de tarifas. O Banco Central dos EUA (Fed) realizou mudanças importantes em sua comunicação, indicando que cortes de juros devem acontecer em breve. Na reunião do início de junho, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo de 2,25% e 2,50%. O PIB dos EUA foi positivo segundo os dados divulgados em junho indicando uma expansão de 3,1% na base anualizada. No Reino Unido o PIB avançou de 0,5% e na Espanha o avanço foi de 0,7%. Com relação a política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas básicas e o balanço de ativos inalterados, sinalizando a manutenção destes até o final do primeiro semestre de 2020. Na China os índices das sondagens tiveram um novo mês em nível contracionista com o PMI (índice dos gerentes de compras) do setor Industrial caindo de 49,5 para 49,4 pontos. O possível resfriamento das tensões comerciais com os EUA deve amenizar o impacto negativo do aumento das tarifas ocorrido em maio de 2019. O governo Chinês ainda dispõe de instrumentos de política monetária e fiscal para reequilibrar o crescimento, porém, mudanças mais robustas apenas serão utilizadas em caso de uma piora substancial no impasse comercial. Após toda essa explanação macroeconômica dos membros do Comitê de Investimentos, o Gestor de Recursos, Adriano Kaufmann, apresentou a rentabilidade obtida em junho em cada fundo de investimento, as quais seguem a seguir: o fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP teve ganhos excelentes de 3,69%. Os fundos com benchmark em IRF M1, tiveram rentabilidade de 0,57% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF e 0,56% para o fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF. Nesse mês teve um incremento de um fundo novo o BB PREVIDENCIÁRIO IRF M 1 TP que será utilizado para fluxo do mês, o qual rendeu 0,57%. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve ganhos de 2,17%. O fundo CAIXA BRASIL IMA B5 TP RF, com benchmark IMA B 5 teve rentabilidade de 1,69%. O fundo CAIXA BRASIL IRF M TP RF com benchmark IRF M teve rentabilidade de 2,14%. O fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A TP RF LP, com benchmark IDKA IPCA 2A rendeu 1,22%. Já os fundos de oportunidades que são os fundos com carência obtiveram os seguintes resultados: CAIXA BRASIL 2024 II com 0,44%; CAIXA BRASIL 2024 IV com perda de 2,97% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com 1,91%. O FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP teve uma rentabilidade extraordinária de 5,00%. Já o fundo em renda variável CAIXA CAPITAL PROTEGIDO MULTI teve rentabilidade de 1,00%. A meta atuarial alcançada no FAPS até 30 de junho foi de 7,41%. A meta atuarial IPCA + 6% a.a. alcançou 5,18%. Assim, até o momento o FAPS está superando a meta atuarial em 2,23 p.p. O total de rendimentos alcançados em junho foi de R$ 705.952,41, com rentabilidade média de 1,76%. Adriano ressaltou que o otimismo vinculado a reformas foi o que manteve os bons resultados em junho. Já em julho, a expectativa acabou se tornando realidade, pois a Reforma da Previdência teve sua aprovação no Congresso com uma ampla vantagem. Agora segue a tramitação de destaques dentro do texto e posterior a isso, a tramitação da votação no Senado e no 2º turno da Câmara. Mediante a todo esse cenário, os presentes optaram em resgatar R$ 2.500.000,00 do fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF e aplicar da seguinte forma: R$ 500.000,00 no FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP; R$ 500.000,00 no FUNDO CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP e R$ 1.500.000,00 no FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 TP. As mudanças tem como embasamento as tendências positivas oferecidas pelo cenário macroeconômico. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 16 de Julho de 2019.


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