Reunião Mensal do Comitê de Investimentos do mês de agosto
- FAPS SARANDI
- 28 de ago. de 2019
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Acompanhe na ata abaixo os assuntos abordados na última reunião mensal do Comitê de Investimentos do FAPS de Sarandi.
ATA N° 011/2019
Aos catorze dias do mês de agosto do ano de dois mil e dezenove, às dezessete horas e cinco minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas: a avaliação do cenário macroeconômico, a carteira de investimentos do FAPS no mês de julho, bem como análise de decisões a serem ou não tomadas. Inicialmente os membros expuseram os acontecimentos do cenário macroeconômico. Verônica Bressan, durante sua explanação, trouxe informações do cenário internacional constatando que os índices acionários da China recuaram na terça-feira, após dados mostrarem que os bancos concederam novos empréstimos menos do que o esperado em julho, abaixo da marca de junho e das expectativas de analistas, de acordo com dados divulgados pelo Banco do Povo da China na segunda-feira. No entanto, os Analistas esperam que o governo conceda mais afrouxamento monetário possibilitando assim o fomento no crescimento. No cenário europeu, as bolsas operam em baixa desde o começo dos negócios desta terça-feira, à medida que investidores evitam comprar ações em meio às incertezas políticas na Itália, em Hong Kong e na Argentina. No Reino Unido, a taxa de desemprego subiu inesperadamente, de 3,8% no trimestre até maio para 3,9% nos três meses até junho, ajudando a libra a apagar perdas de mais cedo. O apetite por risco na Europa já vinha fraco nos últimos tempos diante de crescentes sinais de que Estados Unidos e China não deverão resolver sua longa disputa comercial no curto prazo. Ainda, a instabilidade no mercado argentino tende a afetar o mercado brasileiro, já que o país vizinho é um dos principais destino das exportações brasileiras no ramo de manufaturas, tornando ainda mais lento o crescimento econômico doméstico. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou mais uma vez que, apesar das incertezas, o Brasil possui posição cambial “sólida”, capaz de enfrentar crise. O Brasil possui aproximadamente 389 bilhões de dólares em reservas cambiais, com 68,9 bilhões de dólares em swaps cambiais de posse do mercado. Patrícia Mocelin fez uma síntese do que está prevalecendo no cenário doméstico. Segundo ela, com o resultado ruim do primeiro semestre, o desempenho dos últimos seis meses de 2019 passa a ser decisivo para o crescimento deste ano e, sobretudo, de 2020. Um crescimento mais fraco na reta final de 2019 pode deixar uma herança estatística pior para o ano que vem, prejudicando uma possibilidade de retomada mais forte. Por ora, segundo o relatório Focus, do Banco Central, os analistas estimam que o PIB deve avançar 0,81% neste ano e 2,1% em 2020. O segundo semestre será decisivo em termos de expectativas, com a finalização da Previdência, o andamento da Reforma Tributária e o leilão de óleo e gás em novembro, que podem ajudar um pouco no ritmo de recuperação deste final de ano. Renata Pasqualotto Rosetto destacou que em um cenário de juros baixos, as ações e fundos com renda variável lideram a migração de investimentos. O investidor de alta renda diversificou aplicações e conseguiu aumentar ganhos fugindo dos juros baixos – a taxa Selic está em seu menor nível, em 6% ao ano – migrando, principalmente, para fundos multimercados e ações de 2016 para cá, aumentando a porcentagem do patrimônio em renda variável, de acordo com dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (AMBIMA). O resultado foi um rendimento maior, influenciado também pela valorização da Bolsa no período. De acordo com Gilberto Abreu, diretor de investimentos do Santander Brasil, o movimento das classes mais altas de investidores, que juntas aumentaram o patrimônio investido em 19%, mostra que quem apostou em renda variável se saiu melhor nesse período de atividade fraca da economia. “Tem a combinação de duas coisas: a queda de juros e a bolsa brasileira progredindo. Os investidores buscaram esse crescimento da bolsa”, diz. Acrescentou ainda que as plataformas digitais tendem a vender mais. De forma geral, é correto, no cenário de juros baixos, tomar mais risco e adquirir menos liquidez, mas o investidor pode cair no erro de comprar riscos desconhecidos, fora do seu alcance. Por outro lado, investimentos em Tesouro Direto e fundos de renda fixa caíram respectivamente 6% e 2%. Para Guilherme Assis, presidente do Gorila, essa mudança deve ter continuidade. “Esses movimentos serão tendência enquanto o juro real seguir no atual patamar.” Apesar da redução de 0,5 ponto percentual feita pelo Copom na taxa básica de juros no fim de julho, o juro real brasileiro (descontada a inflação) é o oitavo maior do mundo, 1,63% ao ano. Keila Ferraz de Quadros trouxe os dados do desemprego, agora em 12%, mas que no primeiro semestre houve um incremento de 410 mil vagas formais, segundo Caged. Também destacou que: o risco país caiu e já está no patamar de quando o país tinha o selo de bom pagador, influenciado pela aprovação na Câmara da reforma da Previdência; a falta de demanda ainda atrapalha o setor industrial; há projeção de que o índice da Bolsa de valores alcance os 120 mil pelas perspectivas do Bank Of América Merrill Lynch e ainda destacou a liberação de R$ 500,00 para quem tem contas do FGTS a partir de setembro, o que irá jogar recursos na economia. O Gestor de Recursos Adriano Kaufmann destacou a rentabilidade de cada fundo de investimento, as quais seguem a seguir: o fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP teve ganhos de 1,27%. Os fundos com benchmark em IRF M1, tiveram rentabilidade de 0,68% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF, 0,70% para CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF e 0,70% para o FUNDO BB PREVIDENCIÁRIO RF IRF M 1 TP. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve ganhos de 1,01%. O fundo CAIXA BRASIL IMA B5 TP RF, com benchmark IMA B 5 teve rentabilidade de 0,95%. O fundo CAIXA BRASIL IRF M TP RF com benchmark IRF M teve rentabilidade de 1,09%. O fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A TP RF LP, com benchmark IDKA IPCA 2A rendeu 0,92%. Já os fundos de oportunidades que são os fundos com carência obtiveram os seguintes resultados: CAIXA BRASIL 2024 II com 0,68%; CAIXA BRASIL 2024 IV teve ganho de 0,95% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com 0,92%. Já o fundo em renda variável CAIXA CAPITAL PROTEGIDO MULTI teve rentabilidade de 0,76%. O FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP teve a melhor rentabilidade do mês de 1,51%. O total de rendimentos alcançados em julho foi de R$ 379.908,83, com rentabilidade média de 0,93%. Gabriela destacou que o IPCA de julho foi de 0,19%, com meta no mês de 0,68%. No ano a inflação alcança 2,42% e a meta atuarial está em 5,96. O FAPS já possui uma meta de 8,40%, ou seja, superior em 2,44 p.p. Destacou também a Reforma da Previdência que estará em votação final em breve e a tramitação da reforma tributária, além da MP da Liberdade Econômica. Adriano relatou que nos próximos dias será creditado os cupons de juros dos fundos com carência e os mesmos serão aplicados novamente, sendo escolhido pelos presentes, o fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP e o BB PREVIDENCIÁRIO ALOCAÇÃO ATIVA FIC. Quanto à possibilidade de alteração na composição da carteira, o grupo decidiu manter da forma como está já que até o presente momento os índices vêm performando bem no decorrer do mês. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 14 de agosto de 2019.
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