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Comitê de Investimentos do FAPS realiza sua reunião mensal


O Comitê de Investimentos do FAPS realizou nesta terça-feira (17), a sua reunião mensal para avaliar a carteira de investimentos, bem como analisar o cenário macroeconômico do momento.

Abaixo a íntegra da ata com os temas tratados:


ATA N° 013/2019

Aos dezessete dias do mês de setembro do ano de dois mil e dezenove, às dezessete horas e cinco minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas básicas: a avaliação do cenário macroeconômico, a carteira de investimentos do FAPS no mês de agosto, bem como análise de decisões a serem ou não tomadas. Inicialmente os membros expuseram os fatos que chamaram a atenção no cenário macroeconômico. Keila Ferraz de Quadros destacou o comportamento do mercado em agosto, tendo nos 20 primeiros dias um comportamento mais natural e nos 10 dias finais um estresse nas curvas de juros. A curva nominal (prefixados) encerrou agosto com leve queda nas taxas dos vértices mais curtos e abertura em todos os demais vencimentos. Na curva real (índice de preços), por sua vez, todos os vencimentos fecharam com taxas maiores que às observadas ao final de julho, mas com intensidade maior nos trechos mais longos, como observado na curva nominal. No último dia do mês houve também uma correção relevante do movimento de abertura das NTN-B, visto que até o dia 29 as taxas dos títulos subiam, em média, 15 bps no mês e, em 30/08, caíram algo em torno de 8 bps, revertendo aproximadamente, metade do movimento observado no mês, até então. Diante dos movimentos de abertura das curvas domésticas em agosto, os índices de Renda Fixa brasileiros tiveram um mês de performances fracas, com alguns indicadores de maior duration entregando resultados negativos. Nesse contexto, o destaque positivo do mês ficou por conta do IRF-M 1. Já na Renda Variável, o Ibovespa recuou 0,67%. No mês, nenhum dos índices conseguiu superar o IPCA + 6%, que foi de 0,62%. Patrícia Mocelin trouxe as perspectivas para setembro. Sobre o mercado de juros, continua-se enxergando algum prêmio na ponta longa da curva real, mas com mais risco do que se via antes, principalmente em função de fatores externos como a Guerra Comercial, Brexit e situação político-econômica na Argentina. Os juros curtos, que são impactados por política monetária, ainda se enxerga espaço para reprecificações pelo mercado, tanto em função do tamanho do ciclo de cortes, como pela postergação da normalização da Selic. Há perspectiva de que, tanto o Fed, como o BCE, promoverá cortes nas taxas de juros dos EUA e Europa, respectivamente. Inclusive nesta terça-feira, aqui no Brasil, o COPOM iniciará sua reunião e há grande chance de a Selic descer à 5,5%. Permanece ainda uma visão positiva para a bolsa brasileira, apoiados pelas diretrizes que vem sendo seguidas pela equipe econômica que apontam para uma agenda de reformas importantes para o país, com destaque para a reforma da previdência, cuja expectativa é que seja aprovada em outubro no Senado Federal. Os menores riscos atrelados à inflação e o novo ciclo de corte de juros iniciado em julho, pelo Bacen, contribuem, juntamente com a expectativa de retomada da atividade, embora em ritmo gradual, para nossa visão mais favorável para a melhora contínua do resultado das companhias. Verônica Bressan disse que a prévia do PIB registrou uma queda de 0,16% em julho ante junho após alta nos dois meses anteriores e ficando levemente abaixo da projeção de queda de 0,01%. Cabe ressaltar que, contudo, com as revisões para cima em períodos anteriores, a alta na comparação anual foi de 1,31% ante a estimativa de 0,98%, dados que não foram vistos com tanta surpresa. Ainda no cenário nacional, foi observado que o principal indicador da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em leve alta nesta segunda-feira (16), influenciado pela valorização das ações da Petrobrás em virtude das tensões geopolíticas, devido a ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita. Este rápido lampejo na valorização das ações da petrolífera brasileira já teve fim na data de hoje, considerando que as perdas da commodity se aceleraram no final do dia, já que as operações de extração de petróleo na Arábia Saudita serão retomadas mais rapidamente do que o esperado. Um ponto positivo é que as companhias aéreas Gol e Azul apresentam uma sessão de recuperação após a forte baixa da véspera, com a alta dos preços do petróleo. Ainda, o Ministério da Economia informou que zerou o imposto nas importações de centenas de produtos, entre eles equipamentos médicos, de informática e para indústria. No que tange a reforma da previdência, a Comissão de Constituição e Justiça irá analisar as 78 emendas apresentadas à proposta inicial, e a perspectiva é que as votações sejam encerradas no início do mês de outubro, dando fim a este importante capítulo para a reestruturação econômica de nosso país. Renata Pasqualotto Rosetto destacou os fundos de investimentos imobiliários, os quais atingiram no primeiro semestre deste ano a marca inédita de 1 milhão de cotistas, de acordo com dados da Anbima. É mais que o dobro do que o número de contas no mesmo período do ano passado, quando havia 400,2 mil cotistas com investimentos aplicados em fundos imobiliários. A captação liquida cresceu 46% entre 2018 e 2019, passando de um total de 10,5 bilhões de reais no acumulado de janeiro a agosto do ano passado para 15,3 bilhões de reais nos mesmos meses deste ano. Atualmente, existem mais de 390 fundos imobiliários no mercado brasileiro. Os juros mais baixos que afetam os rendimentos de investimentos em renda fixa, está entre as principais razões para explicar o crescimento no interesse pelos fundos imobiliários, além de figurar uma outra opção de diversificação do portfólio dos investidores. Negociados por meio da bolsa de valores, os fundos imobiliários podem investir tanto em imóveis, como prédios comerciais e galpões industriais, quanto em títulos financeiros do setor, e suas cotas oscilam conforme o mercado. Os ganhos dos cotistas vêm tanto da possível valorização das cotas quanto de pagamentos mensais feitos pelos fundos, equivalentes a uma parcela dos alugueis recebidos pelos espaços dos imóveis em que investem. Mas aí vem a pergunta: esses fundos cabem ao RPPS? Para uma adequada avaliação dos fundos de investimentos imobiliários é essencial realizar uma análise de política de investimentos do fundo, dos inquilinos e dos próprios imóveis que compõem a carteira do fundo, incluindo a localização, taxa de vacância e demais condições que podem impactar na rentabilidade do fundo. Por exemplo, se a análise do imóvel indicar a necessidade de uma reforma, que consumiria parte da renda e reduziria a distribuição de aluguéis durante o período, afetaria diretamente nos ganhos relativos à carteira. Portanto não seria um bom negócio para o RPPS. Gabriela Romio destacou os ataques de drones a duas das principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, maior exportador de petróleo do mundo, acirrando a tensão na região do Oriente Médio. O incidente, ocorrido no último sábado, provocou uma redução de 5% na produção mundial de petróleo, o que fez o preço do barril disparar em quase 20% no mercado internacional, atingindo a maior alta em uma sessão desde a Guerra do Golfo, em 1991. A alta foi contida depois que Trump autorizou a liberação de reservas estratégicas dos EUA, se for necessário. Mas os Estados Unidos, que apoiam os sauditas, insistem que o Irã, aliado do grupo rebelde, está por trás da ofensiva. Os iranianos negam, por sua vez, qualquer envolvimento no episódio. O fato é que o ataque desestabilizou ainda mais a região do Golfo, revelando a vulnerabilidade de instalações petrolíferas de importância vital para a economia global e consequentemente, acelerou a escalada da tensão entre o Irã e os Estados Unidos. Por conta do ataque, a Arábia Saudita anunciou a suspensão temporária da produção diária de 5,7 milhões de barris, em média metade da produção do reino. Trata-se do equivalente a 6% do abastecimento mundial e mais que o dobro de toda a produção brasileira, que gira em torno de 2,7 milhões de barris ao dia. O restabelecimento pleno dos trabalhos da estatal saudita pode levar semanas. O Gestor de Recursos Adriano Kaufmann destacou a rentabilidade de cada fundo de investimento, as quais seguem a seguir: o fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP teve perdas de - 0,42%. Os fundos com benchmark em IRF M1, tiveram rentabilidade de 0,52% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF, para o fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF e para o FUNDO BB PREVIDENCIÁRIO RF IRF M 1 TP. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve ganhos de 0,08%. O fundo CAIXA BRASIL IMA B5 TP RF, com benchmark IMA B 5 teve rentabilidade de 0,03%. O fundo CAIXA BRASIL IRF M TP RF com benchmark IRF M teve rentabilidade de 0,20%. O fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A TP RF LP, com benchmark IDKA IPCA 2A rendeu 0,10%. Já os fundos de oportunidades que são os fundos com carência obtiveram os seguintes resultados: CAIXA BRASIL 2024 II com 0,65%; CAIXA BRASIL 2024 IV teve ganho de 0,05% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com 0,09%. Já o fundo em renda variável CAIXA CAPITAL PROTEGIDO MULTI teve rentabilidade de 0,36%. O FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP teve a melhor rentabilidade do mês de -0,79%. O total de rendimentos alcançados em agosto foi de R$ 32.296,11, com rentabilidade média de 0,07%. A meta alcançada durante o ano de 2019 foi de 8,48%, enquanto o IPCA + 6% totaliza 6,60%. Assim, o FAPS está superando a meta em 1,88 p.p.. Com relação à trocas na carteira de investimentos, o Comitê optou pela manutenção da atual composição tendo em vista que no mês de setembro os fundos estão com boa performance. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 17 de setembro de 2019.


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