top of page

Comitê de Investimentos realiza a reunião mensal de dezembro

ATA N° 016/2019

Aos dezessete dias do mês de dezembro do ano de dois mil e dezenove, às treze horas e cinco minutos, na Sala da Contabilidade da Prefeitura, reuniram-se o Gestor de Recursos e os membros do Comitê de Investimentos para a reunião mensal, tendo como pautas: apresentação e avaliação do cenário macroeconômico, bem como o desempenho da carteira de investimentos do FAPS no mês de novembro, a Aprovação do texto final da Política de Investimentos para 2020 e também para discutir outros assuntos pertinentes ao RPPS. Ao iniciar as opiniões Patrícia Mocelin trouxe o atual cenário internacional, onde as bolsas internacionais encerraram a semana em alta generalizada, embaladas pelo clima de otimismo em função da confirmação do fechamento da primeira fase de um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos. A expectativa de que, com essa sinalização de trégua, os fluxos globais de comércio podem se estabilizar em 2020. Especialistas apontam que o valor de quanto mais a China deve importar dos Estados Unidos é um dos problemas para os exportadores brasileiros. Eles não têm dúvidas de que os embarques de produtos agrícolas do Brasil para o país asiático devem ser afetados, principalmente, os de carne e de soja, se os EUA ficarem em uma situação mais vantajosa. A China é o maior destino das exportações brasileiras e, apesar dos gargalos logísticos, o setor agrícola é competitivo globalmente. Não à toa, as ações de um dos maiores frigoríficos nacionais, a BRF S.A, ficou em segundo lugar entre as maiores baixas na B3 nesta sexta-feira (13/12), com queda de 3,39%. As ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras lideraram a lista ao recuarem 3,69% depois de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciar que vai vender participação na petroleira em uma oferta em torno de R$ 24 bilhões. A China deve se comprometer em comprar algo em torno de US$ 50 bilhões de produtos agrícolas norte-americanos. Estima-se que o setor agrícola nacional poderá deixar de vender US$ 30 bilhões para os chineses, em produtos como carne, soja, milho, suco de laranja e açúcar. Nesses quase dois anos de conflito entre EUA e China, o Brasil foi beneficiado, mas agora o efeito será contrário. No acumulado de janeiro a novembro, os embarques brasileiros para a China somaram US$ 57,6 bilhões, 2,07% a menos do que no ano passado. A soja respondeu por 34% do total exportado. O economista Alberto Ramos, diretor do Goldman Sachs, acredita, no entanto, que o acordo será positivo para o Brasil. “A redução do clima de incerteza vai melhorar o fluxo de comércio global e todos vão ganhar. O Brasil, por exemplo, vai poder exportar commodities para outros países aos quais os EUA deixarão de vender para atender à demanda chinesa”, explicou. Verônica Letícia Bressan falou do risco-país medido pelo CDS (Credit Default Swap), podendo ser definido como um tipo de seguro contra calote, ou seja, funciona como uma das principais medições de risco entre as economias. Quanto mais alto é o CDS, mais arriscado o país é considerado pelos investidores. O risco-país passou a operar num patamar inferior aos 100 pontos nesta segunda-feira (16), alcançando o nível mais baixo em quase 10 anos. No início da tarde, estava pouco acima dos 98 pontos. Em pronunciamento nesta última segunda-feira, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o governo federal não está medindo esforços para baratear o custo do combustível, reconhecendo o elevado valor a que o consumidor final é submetido. Afirma ainda que o monopólio dos postos de combustíveis e o ICMS de cada estado são fatores determinantes na regulação do valor. Bolsonaro afirmou ainda que a União desembolsará aproximadamente 5 milhões de reais para fazer frente ao 13° da Bolsa Família, a qual, especula-se, que passará a ser chamada de Renda Família até o final deste ano. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou nesta segunda-feira em baixa de 0,59%, para 111.896,04 pontos. Já no mercado de câmbio, o dólar comercial caiu 1,1% e fechar cotado a R$ 4,062 para compra e R$ 4,063 para venda. Ainda no segmento dos combustíveis, a Petrobras realizou nesta segunda-feira, 16, o pagamento antecipado de um empréstimo tomado junto ao China Development Bank (CDB) no valor de US$ 5 bilhões, que venceria em 2027, acabando com a obrigação de fornecimento preferencial de um volume de 100 mil barris de petróleo para empresas chinesas. Keila Ferraz de Quadros destacou a Renda Variável, demonstrando a crescente do índice Ibovespa, o qual já ultrapassou a marca de 113 mil pontos no dia 16. Lembrou que ao final de outubro, o índice estava em 107.220 pontos. Já com relação aos resultados ruins de novembro, Keila destacou dois pontos como influenciadores: o final do entendimento das prisões em segunda instância, o qual liberou diversos presos, como por exemplo, presos por corrupção. Além disso, viu-se que o ciclo da queda da Selic estava chegando ao fim, mesmo que na última reunião do Copom tivesse queda para 4,5%. Antes disso, parte do mercado apostava que o Banco Central poderia levar a taxa a 4% no início de 2020, expectativa que mudou, como pode ser visto nas taxas de juros dos títulos federais. Gabriela Romio trouxe as informações do último boletim de mercado do Banco Central Segundo o Relatório Focus de 13 de dezembro de 2019 a projeção para a expansão do PIB subiu de 1,10% para 1,12% neste ano e a inflação deve terminar 2019 em 3,86%, as instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa de inflação e crescimento da economia este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 3,84% para 3,86%. Essa foi a sexta elevação consecutiva. Para 2020, a estimativa de inflação se mantém há sete semanas em 3,60%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022. As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central (BC). A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020. A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – subiu de 1,10% para 1,12%, neste ano. As estimativas das instituições financeiras para 2020 variaram de 2,24% para 2,25%. Para os anos seguintes, não houve alteração em relação à pesquisa anterior: 2,50% em 2021 e 2022. Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com as instituições financeiras, no fim de 2020, a expectativa é que a taxa básica também esteja em 4,5% ao ano. Para 2021, as instituições estimam que a Selic encerre o período em 6,13% ao ano. A estimativa anterior era 6,15% ao ano. Para o final de 2022, a previsão segue em 6,5% o ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A manutenção da Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação. A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 4,15 no fim de 2019, e em R$ 4,10 no encerramento de 2020. Renata Paqualotto Rosetto disse que a economia brasileira consolidará o processo de retomada do crescimento em 2020, com expansão de 2,5%, depois de crescer em torno de 1,2% neste ano. A projeção foi divulgada hoje (17) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Informe Conjuntural Economia Brasileira. Segundo a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) será puxado pela expansão do PIB industrial. A estimativa é que o setor cresça 2,8%, de acordo com a CNI. Para a CNI, a atividade econômica também será impulsionada pelo aumento dos investimentos em 6,5%, em 2020. Para este ano, a previsão é que o PIB industrial cresça 0,7% e os investimentos, 2,8%. A previsão para o consumo das famílias é 1,9%, em 2019, e 2,2%, em 2020. Segundo o estudo, a aceleração na economia na segunda metade deste ano é sinal de que haverá crescimento mais sólido

Adriano Kaufmann relatou o desempenho de novembro. Demonstrou que foi um mês muito ruim em termos de rentabilidade. Sobre as rentabilidades teve-se os seguintes resultados: o fundo CAIXA BRASIL IMA B TP RF LP teve perdas de 2,54%. Os fundos com benchmark em IRF M1, tiveram rentabilidade de 0,31% para o fundo BANRISUL FOCO IRF M1 FI RF, 0,31% para o fundo CAIXA BRASIL IRF M1 TP RF e 0,31% para o FUNDO BB PREVIDENCIÁRIO RF IRF M 1 TP. O fundo BB PREVIDENCIÁRIO RF ALOCAÇÃO ATIVA FIC com benchmark em IMA Geral Ex-C teve perdas de 0,94%. O fundo CAIXA BRASIL IMA B 5 TP RF, com benchmark IMA B 5 teve rentabilidade de -0,33%. O fundo CAIXA BRASIL IRF M TP RF com benchmark IRF M teve rentabilidade de -0,49%. O fundo CAIXA BRASIL IDKA IPCA 2 A TP RF LP, com benchmark IDKA IPCA 2A rendeu 0,01%. Já os fundos de oportunidades que são os fundos com carência obtiveram os seguintes resultados: CAIXA BRASIL 2024 II com 0,72%; CAIXA BRASIL 2024 IV teve perda de 0,99% e BB PREVIDENCIÁRIO RF TP X com perda de 0,29%. Já o fundo em renda variável CAIXA CAPITAL PROTEGIDO MULTI teve rentabilidade de 0,85%. O FUNDO CAIXA BRASIL IMA B 5 + TP teve a pior rentabilidade do mês com perdas de 4,16%. O total de rendimentos alcançados em novembro foi de perdas de R$ 297.055,12, com rentabilidade média de -0,69%. A meta alcançada até 30 de novembro retraiu de 12,17% de outubro para 11,40%. No período o IPCA + 6% totaliza 8,69%. Assim, o FAPS está superando a meta em 2,71 pontos percentuais. O patrimônio total do FAPS em 30/11/2019, conforme extratos era de R$ 42.815.279,40. Com relação às trocas na carteira de investimentos, o Comitê optou pela manutenção da atual composição. Em dezembro os fundos de investimentos vêm performando com bons resultados. Após toda a apresentação dos resultados de novembro, o Gestor e o Comitê de Investimentos passaram a apreciar o texto final da Política de Investimentos que será apresentado em dois dias para o Conselho de Administração do FAPS. Primeiramente Adriano destacou que, de acordo com a Portaria n° 17 de 20/05/2019, a taxa de juros para parâmetro não é mais 6% acrescido do IPCA, pois deverá ser observada a duration de cada plano. No caso do FAPS, a meta para 2020 será o IPCA + 5,86. Os principais pontos definidos foram: a vigência: todo o ano de 2020; os objetivos da política de investimentos: contemplam os horizontes de curto e longo prazo para garantir o equilíbrio do plano tendo como meta o IPCA + 5,86%; modelo de gestão: Gestão própria; aspectos legais: a política de investimentos atende aos requisitos da Resolução n° 3922/2010 e suas alterações; Conjuntura Econômica e Análise de Mercado: elaborado o contexto macroeconômico com acontecimentos de 2019 e as perspectivas para 2020; Controle de Riscos: mercado, liquidez e crédito; Diretrizes para Alocação dos Recursos: gestão dos recursos; Estratégias de Alocação: avaliação dos cenários com base nos limites de alocação; Vedações: observações que devem ser seguidas de como não proceder. O ponto principal do documento da Política de Investimentos é o Anexo I, o qual é composto por três tabelas que demonstram o percentual inferior, superior e a estratégia alvo, de acordo com as Resoluções CMN 3922/2010 e 4604/2017 e que deverá ser observado no momento de escolha de novas aplicações. As tabelas estão divididas em: Tabela 1 Renda Fixa; Tabela 2 Renda Variável e Tabela 3 Investimentos no Exterior. Após a apreciação final dos presentes, a Política de Investimentos de 2020 do FAPS de Sarandi foi aprovada à unanimidade pelo Comitê de Investimentos. Nada mais havendo a tratar lavrou-se a presente ata que após lida segue assinada pelos presentes. Sarandi, 17 de dezembro de 2019.


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page